A instalação de disjuntor é uma questão de segurança, e por se tratar de questão de segurança deve ser levada muito a sério e nem sempre o que os eletricistas encontram nas instalações. Ainda pior do que uma instalação que tenha sido feita de qualquer maneira e que tenhadisjuntores mal dimensionados são os ditos profissionais de elétrica que não sabem dimensionar novos disjuntores para uma troca e acabam agravando o problema.
Conhecer bem as caraterísticas de funcionamento dos componentes elétricos é um diferencial nos profissionais, qualquer eletricista conhece um disjuntor, mas poucos sabem como eles funcionam. Dimensionar um disjuntor e dimensiona-lo corretamente é muito mais delicado do que simplesmente saber qual a corrente do equipamento, circuito ou instalação ao qual se quer proteger, tem que saber exatamente qual tipo de carga será instalada.
Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o disjuntor e essas curvas foram separadas em categorias. A curva de ruptura do disjuntor é o tempo em que o disjuntor suporta uma corrente acima da corrente nominal por determinado tempo. Quando se tem uma equipamento muito delicado necessita-se que a interrupção do circuito quando a corrente passe o limite de funcionamento seja muito rápida, para que o equipamento não seja danificado, em compensação na partida de um motor por exemplo, para que este saia do estado de inércia e chegue a sua velocidade máxima uma grande corrente é necessária no instante da partida, ás vezes muitas vezes maior do que a corrente para que este mesmo motor esteja em velocidade plena, nestes casos o disjunto tem que suportar a corrente alta durante um período de tempo maior.
Além do período de tempo as curvas de rupturas estipulam o quanto maior essas correntes podem ser em relação as correntes nominais.
Curva B:
A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta compreendido entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50A.
Os disjuntores curva B são usados onde se espera um curto circuito com baixa intensidade, normalmente cargas resistivas, em residencias nas tomadas de uso comum, onde a demanda de corrente de partida do equipamento é baixa.
Curva C:
A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta compreendido entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A.
Os disjuntores de curva C são usado onde se espera uma curto circuito de intensidade média e onde a demanda de corrente para partida de equipamentos é mediana, normalmente cargas indutivas, como motores, sistemas de comando e controle, circuitos de iluminação em geral e ligação de bobinas.
Curva D:
A curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que sua corrente de ruptura esta compreendido entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A.
Os disjuntores de curva D são usado onde se espera uma curto circuito de intensidade alta e onde a corrente de partida é muito acentuada, sendo muito utilizados em grande motores e grandes transformadores.
Não existe contudo disjuntores de curva A, o motivo é para que o A da curva não seja confundido com o A de ampere, unidade de corrente elétrica.
Existem ainda disjuntores cuja a faixa ruptura da corrente pode ser selecionada dentro de uma faixa, por exemplo os disjuntores motores que possuem faixa se seletividade, como por exemplo 6 a 10 vezes a corrente nominal neste caso a faixa é selecionada de acordo com a necessidade o que possibilita uma flexibilidade na proteção de equipamentos, neste caso normalmente motores.
É importante que se conheça as curvas de rupturas para proporcionar a maior proteção possível tanto para os usuários de uma instalação quanto para os equipamentos instalados. Na dúvida sempre consulte os catálogos dos fabricantes para características próprias das marcas.